Bom dia, meus queridos!
Hoje o desafio veio mais cedo, pois durante a tarde estarei jogando rpg com alguns amigos.
Na tarefa de hoje a ideia era deixar a mente voar com ideias e então escrever sem parar pra revisar ou pensar muito sobre a estrutura. Como estou trabalhando num conto de fantasia aconchegante que "abrirá" uma coletânea de contos semelhantes que se passam no mesmo universo das Crônicas do Enforcamento, decidi aproveitar para criar a introdução de uma das filhas da protagonista.
Então o desafio de hoje é: "Conte-nos como foi a experiência de escrever livremente e quais ideias saíram desse processo. Escreva 250 palavras, usando as ideias que surgiram, mesmo que o texto fique “mágico” demais."
As ideias que surgiram na minha cabeça foram parte de um desejo que eu já tinha há um tempo. A Aurora é uma garotinha (próxima dos 6 anos) que é deficiente auditiva. Muito parecida com a Anelissa, tem orelhas que denunciam seu sangue élfico e cabelos vermelhos ondulados, mas os olhos são azuis como os do pai. É uma criança tímida e que sempre está agarrada na dona girafa. Eu queria muito fazer uma interação das duas e fiquei pensando sobre isso e sobre como entregar uma personagem que cumpra com a visão que tenho dela. Não é muito, mas foi um prazer escrever esse pedacinho. Caso tenha interesse, segue o que saiu disso:
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"No andar de baixo Aurora brincava na sala com uma pelúcia estranha que deveria ser uma girafa, mas que sequer tinha o longo pescoço do animal. Servia uma pequena xícara de chá para ela, alheia ao que acontecia em volta. Com cuidado se aproximou da criança de cabelos tão vermelhos quanto os próprios e bateu suavemente na beirada da mesa de centro para chamar sua atenção.
— Bom dia, Rora — falou quando os arredondados olhos azuis viraram em sua direção, também sinalizando a frase para ela. — Você está melhor?
Ao finalizar a sinalização levou a mão à testa da menina, checando sua temperatura. As mãozinhas largaram a xícara para ter a liberdade de responder. “Estou bem, o papai me deu chá”. O rostinho amassado e as bochechas rosadas entregavam que havia acordado há pouco. Anelissa sorriu.
— Tudo bem ir para a escola hoje então? — Mais uma vez gesticulou com as mãos formando as palavras, logo rindo do biquinho que recebeu em resposta.
Aurora assentiu com a cabeça e então abraçou a pelúcia que estava sentada ao seu lado contra o corpo antes de puxar a manga da camisa da mãe para ter sua atenção de novo. “A dona girafa pode ir junto?” sinalizou mais uma vez.
— Claro que sim, meu bem — respondeu calmamente, afagando os cabelos ondulados que ainda estavam bagunçados do sono. — Termina o chazinho e vai se arrumar, certo?
Mais uma vez Aurora confirmou com a cabeça, voltando a tomar o chá que enchia o ambiente com um cheiro doce de capim-limão. "
Boas leituras a todos vocês!
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